Giulio e jiló

Argan sustenta que a cultura estruturalmente historicista se pode renovar reformulando as suas metodologias e tecnologias, como argonauta na procura de outros velos que nos aquecendo surgirá mais um novelo.

Arte coisa séria

Todas as partes compõem o necessário.

Estuda-se um pensamento, um achamento, um acontecimento, os fenômenos físicos, ou qualquer coisa em qualquer tempo, em qualquer lugar, até uma emulação a sobrelevar, depois o artista expressa esses estudos artisticamente compondo uma história.

Se se perdem, acham as melhores coisas, pois há disciplina, eis como escrevem sua história.

Circunscrever a similitude, registra a simplicidade do afeto a feição ao feito a perfeição.
Iniciados os estudos, as ciências serão apenas para sua "capacitação benevolente".

A brevidade relativa ignora e despresa o agradável, além disso as exigências para o alcance da intenção almejada, fazem com que o labor se consuma na sua invenção.

No período de desenvolvimento, a meio caminho entre o começo e a degenerescência, em algum momento, surge o durável, que aparece para o contentamento do plasmado.
O louvor apresentado, sempre merecerá comentário, fazendo menção ou não a oportunidade do estudo crivado.

Quem está perto de quem?

Comboio de carga

Levar, buscar,
carregar, descarregar.
Navegar nas espumas iscaldantes.

Qual é a velo cidade + rápida, luz elétrica ou luz de vela?

O INTERÊSSE É PRÁTICO,

Ocasionalmente ser teorista.





distração dos usos


"conhecimentos auxiliares"


Explicare + Complicare = Explicatio /\({ [enroladeserrola] })/\

É o quadrado,

É O QUADRO ...

É um pedaço, é tudo.

.

...

3

É gracioso e tem beleza.

Carmela Gross e o joelho


A carne http://www.usp.br/mariantonia/ Entrevista

Carmela Gross com Francis Bacon e Paulo Freire

SÃO POUCAS AS PESSOAS QUE DEVEMOS NOMINAR A Carmela Gross É UMA DELAS. CONHEÇO A SENHORA ARTISTA HÁ MAIS DE 20 ANOS, CONHEÇO SEU TRABALHO E GOSTO DELE.
...aquilo de que falávamos antes. Claro, que quando você está trabalhando no pequeno, você domina o desenho por inteiro, com um rabisco só. Quando você chega na escala do ônibus, o objeto gigante, NÃO É TÃO GIGANTE que tem três metros de altura e doze metros de comprimento, o suporte mudou inteiramente. Não é mais a folha do papel, nem é o computador com seus comandos…e então, você descobre que as manchas de cor muito pequenas não vão funcionar. Você muda de escala. E mudar de escala não significa só ampliar aquilo que antes era pequeno. Significa repensar numa nova escala, em novas dimensões…E PRINCIPALMENTE NAS novas RELAÇÕES foi assim que a gente errou NÃO É ERROU, PASSOU PARA OUTRO ESTÁDIO DO TAL PROCESSO todo começo… Quando começamos a fazer os bancos, ficamos contentes e entusiasmadas com as pequenas manchas, e estava tudo bem. Depois, quando a gente começou a trabalhar lá dentro com as grandes superfícies, as paredes, o chão, o teto, aquilo nos ensinou que os bancos estavam errados SE ESTAVAM ERRADOS, O PROCESSO TERÁ UM FIM, TÉRMINO? COMEÇO JÁ TEVE.
O REFAZIMENTO NÃO PODE SER CONSIDERADO um ERRO , MAS EVOLUÇÃO, TER UMA VIS-são COMPLETA DO PROCEDIMENTO DE ANÁLISE OU ESTUDO DA COISA, ISTO É ESTAR EM CARNE VIVA. e tivemos que refazê-los… Então, poder ir e voltar e, rever aquilo que estava feito, é maravilhoso… E É MERMO. Mas não foi erro não.

O que é o pincel?

Nós, com nós e sem nós.

Na racionalidade das pesquisas não se deve acostar muito aos processos, mas na apresentação do enunciado, "como um problema histórico a ser seguido na variedade e na sucessão dos fatos figurativos".
Gosto de analogizar com a metáfora de Platão sobre a urdidura e a trama. Ver o objeto de pesquisa como uma urdidura e, os processos ou caminhos , navegantes por entre a urdidura, a naveta.


Relembro Platão, minha primeira exposição individual, em 1984 tinha com o título: Conheça te a ti.

S Não Só, EU

Se explica, complica; se complica, expicha;
se expicha, rompe.

Minha complexa e variegada obra deve ser entendida como pesquisa de conceitos da metafísica contemporânea no uso do verbo ser com seus sinônimos e com as investigações das relações entre as questões das ciências, organizando o universo conceitual de maneira mais simples e mais cômodo.
Problematizo questões dicotômicas das coisas.
Pertenço a um grupo de artistas-arquiteto, que tem seu engenho em questões sobre os aspectos culturais da história das civilizações, da vida.
O meu interesse é marcado pelo início dos desenhos nas cavernas, na espontaneidade do traço, na elaborada simplicidade, e nas construções de pedras destinadas a cultos ou marcação de territórios, daí exaurindo elementos resultantes dessas pesquisas apresento as questões.
Na habilidade manual, qualidade que só os artesãos transfiguram, reconhecendo as limitações dos materiais, investigo-os até o rompimento, à barreira poética, na minha oficina.
A limpidez da percepção visual vai buscar um refinamento das formas promovendo o detalhe à evidência do assunto.
Minha expressão, que possa ser pela tridimensionalidade, esculturas, são desenhos construídos volumetricamente, estudados, jamais baldado o projeto, há uma poética no desenrolar, registro no tempo, efemérides.
Estabelecem situações de diálogo ora tensos, ríspidos, ora amorosos, com tradicionais questões instigantes das deduções imediatas dos elementos das ciências físicas.
O uso sistemático de materiais aleatórios impõem-se com uma rigorosa e palpitante deflagração de uma crítica leitura da contemporaneidade que se instaura na escolha dos elementos.
A fonte insólita do local de escolha onde recolho esses materiais, elucida as questões primeiras das minhas investigações.
Divirjo da norma clássica da apropriação, escolho os elementos, na preferência daqueles, os quais a convivência torna-os inconvenientes.
No tempo passo admirá-los, do desprezo à simpatia, aí sim estabelece a dialética, decantada no turbilhonamento das questões perseguidas.
Ao espectar minha obra, faz-se percorrer o olhar languidamente ao encontro de uma encruzilhada questionante, confrontada com invariável sensualidade das formas, cores e signos.
Resultante da contemplação, a descoberta de uma narrativa durante o percurso, que a primeira vista as aparências pouco explicam, mostram o equilíbrio das relações, como organismos vivos.
Ao mesmo tempo, questiono o sentido do desenho como forma de representação, como códigos universais estabelecidos, cambiantes e infinitamente distantes do ornamento, mas candentes de expressão.
Mas que não se pense que meu interesse se esgota nas formas.
Há as rotas imponderáveis dos sons, que percorrem um caminho paralelo ao sentido da verbalidade da imagem.
Numa demonstração que o passado está a nossa frente e o futuro, que não o vendo se posta as nossas costas.
Daqui adiante eu só, somo o tudo.