Portadores de lanterna


Cada artista tem o seu engenho, seus programas de pesquisas, sua maneira de participar da história.
Há 3 variáveis: velocidade, distância, e tempo,  Descartes após Pitágoras serviu-se apenas de uma parte para forçar uma conclusão inconclusiva, depois Gauss até Rieman, enfim Einstein.
Na proposição de uma das variáveis, a distância, fica claro a necessidade de uma velocidade num espaço de tempo, que nos leva ao espaço-tempo. (Einstein)
No programa de pesquisa para uma arte, esse espaço-tempo gravita na história, sabe-se apenas que houveram múltiplas intenções, incomensuráveis pela velocidade.
Com uma proposição determinada há a relatividade crítica, que revela-se no fazer (engenho) do artista.
O resultado é certamente um dado experimental, não é um acertiva.
Contudo no programa não há um ordem de acontecimentos e nessa “desordem” das vizinhanças dos acontecimentos está a velocidade no espaço-tempo.
Portanto as críticas aos programas de pesquisa não pertencem exclusivamente ao processo criativo físico observado, mas sobretudo ao ponto de vista do observador.
Essa é a razão para as considerações críticas ao trabalho artístico serem relativas ao espaço-tempo e serem desprezados logo de ínício.
É um estádio posterior a feitura, portanto se torna necessário o cuidado, pois como uma pseudo coordenada, oferece um posicionamento relativo.
Assim sendo a distância à manter da matéria gravitacional (crítica) deve ser escolhida a obter um intervalo de acontecimentos vizinhos, definido, independente do caminho a seguir no deslocamento de um para outro acontecimento, tendo a distância mantida pela escolha do tempo.


4 comentários:

Anônimo disse...

Vc. se refere ao posicionamento relativo, frente as possibilidades de críticas nas linhas diversas: historicista, científica, formalista, etc.
Questões como "pura visibilidade" como ficam diante da história da arte?(talvez a única ciência possível da arte)
E ainda com o processo que constrói uma cultura pela percepção como fundamento,recriando imagens.

fernando zanforlin disse...

Sr. Anônimo, gostei do excitamento. Vamos de passos largos com: Morelli, Burckhardt, Herbart, Fiedler -(pura visibilidade), Riegl, Worringer, Wölfflin, Venturi, Longhi, Warburg, Croce, Cassier, Panofsky, Hauser, Francastel, Benjamim, Arnheim e Sontag,todos bons críticos ou historiadores da arte?(Leia-os são boas leituras, com sabores diferentes).
Sou um artista e todos eles não souberam explicar o que me leva a ter um programa de pesquisa x e não um y.
Eles correm atrás do meu fazer, eu os acompanho para perceber e manter uma distância segura que nos separa.

A realidade da arte é bem diferente da realidade do conceito de arte.
Pelo posicionamento relativo refiro-me a não confundir as realidades.

A relatividade é presente na arte, nela há maior probabilidade de percepção.
AbsAn

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Fernando, passando para te dar um forte abraco e te desejar uma linda noite de natal junto aos seus.
E..., mesmo com tanta neve pelo caminho, fiz um cartao de natal para os amigos. Venha pegar o seu na Saia Justa.

Abracos

fernando zanforlin disse...

Olá,Geo, obrigado pela sua atenção e carinho,diga para as crianças que o Papai Noel esse ano terá que arrumar mais renas para o trenó, a neve esta muito fofa.abs

Comentários